sábado, 24 de setembro de 2022

O Carvalho e o Caniço (Fábula)

    O carvalho, que é sólido e imponente, nunca se curva com o vento.

    Vendo que o caniço se inclinava todo quando o vento passava, o carvalho lhe disse:

    — Não se curve, fique firme, como eu faço.

    O caniço respondeu:

    — Você é forte, pode ficar firme. Eu, que sou fraco, não consigo.

    Veio então um furacão. O carvalho, que enfrentou a ventania, foi arrancado com raízes e tudo. Já o caniço se dobrou todo, não opôs resistência ao vento e ficou em pé.

    Moral da história

    Diante dos problemas enfrentados na vida, proteja-se conforme a ação advinda dos infortúnios.

Autor da fábula: La Fontaine. Moral da história escrita por Kmin Até Tu, exclusivamente para o site Ler Livro Infantil. 

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segunda-feira, 19 de setembro de 2022

A Raposa e o Corvo (Fábula)

    O corvo conseguiu arranjar um pedaço de queijo, em algum lugar. Saiu voando, com o queijo no bico, até pousar numa árvore.

    Quando viu o queijo, a raposa resolveu se apoderar dele. Chegou ao pé da árvore e começou a bajular o corvo:

    — Ó senhor corvo! O senhor é certamente o mais belo dos animais! Se souber cantar tão bem quanto a sua plumagem é linda, não haverá ave que possa se comparar ao senhor.

    Acreditando nos elogios, o corvo pôs-se imediatamente a cantar para mostrar sua linda voz. Mas, ao abrir o bico, deixou cair o queijo.

    Mais que depressa, a raposa abocanhou o queijo e foi embora.


    Moral da história

    Quando os elogios são demais, reflita sobre a situação.

    Autor da fábula: Esopo. Moral da história escrita por Kmin Até Tu, exclusivamente para o site Ler Livro Infantil.

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sexta-feira, 16 de setembro de 2022

As Árvores e o Machado (Fábula)

    Havia uma vez um machado que não tinha cabo.

    As árvores então resolveram que uma delas lhe daria a madeira para fazer um cabo.

    Um lenhador, encontrando o machado de cabo novo, começou a derrubar a mata.

    Uma árvore disse à outra:

    — Nós mesmas é que temos culpa do que está acontecendo. Se não tivéssemos dado um cabo ao machado, estaríamos agora livres dele.


    Moral da história

    Reflita se a ação que você fará ao próximo não vai prejudicar alguém

Autor da fábula: Esopo. A moral da história foi escrita por Kmin Até Tu, exclusivamente para o site Ler Livro Infantil.

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Rurícolas - A Corrida (Conto)

 

  - Três, dois, um! -Luciano fez a contagem regressiva e partiu cortando o vento, os dois garotos disputavam entre si a liderança. O jovem com estatura maior, Luciano com seu cavalo manga-larga, já si considerava o vencedor da corrida e olhando para trás gritou, pois ele mesmo precisava ouvir a sua voz:

    - Você não me pega, eu já ganhei! 

    O Aparecido surgiu montado num potro correndo para alcançar os dois jovens maiores na frente. Ele gritou:

    - Espera aí, Luciano eu quero ir com você!!!

    - Volte pra casa Cidinho! Aonde nós vamos não é lugar adequado pra você. 

    - Luciano, tu tá com medo da possibilidade de ser derrotado pelo Cidinho? Na curva eu te passo na frente, se houver outro na corrida você terá de disputar com ele e perdendo ficará em terceiro lugar. Já imaginou perder pra uma criança? 

    Deitado o busto sobre a crina do cavalo o Pedro tentava passar na frente do líder, chegando numa curva o adolescente pensou “é agora que eu passo na frente dele” açoitou os pés na barriga do animal incitando-o a correr mais, e o cavalo mocho com uma só orelha emparelhada com o perfeito mangalarga, se esforçou ao máximo para passá-lo, o focinho reto para frente, os olhos fitados no adversário, logo os dentes do bicho foram diretos para agarrar a orelha de seu oponente, no entanto no meio da curva o cavalo mocho se atrapalhou nas passadas e caiu jogando o Pedro no chão.  
    Luciano atônito com o acontecido parou o cavalo e voltou para socorrer o primo. Chegado ao local o menino já havia se levantado e caminhava em direção ao quadrúpede doméstico que já em pé o esperava para cavalgá-lo.  
    - Você está bem, Pedro?  
    - Acho que tô!  
   - Eu Ganhei!!! - O Cidinho cheio de felicidade anunciava para todos que pudessem ouvir, que ele era o vencedor. - o meu potro está pisado na estrada com asfalto, eu venci a corrida. 

Esse é um conto da série rurícolas. Autor Kmin Atétu
Kmin Atétu é administrador do blog Ler Livro Infantil.

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O Abraço (Conto)

O título da imagem é "O Abraço". Foi criada para ilustrar o conto com o mesmo título, de autoria do administrador do site Ler Livro Infantil, Kmin Até Tu. Feita em desenho com lápis sobre papel A4; o desenho mostra um pai abraçando o seu filho dentro de uma sala de aula, enquanto os outros estudantes estão sentados em suas cadeiras.



    Tempo turvo, nuvens formavam-se no céu. Ouvia-se pequenas trovejadas. E apesar dos anúncios de que faltava pouco tempo para haver queda de água, as crianças saindo duma portinhola na parede, abaixados em silêncio, seguiam-se para o campo.
    Logo Marcelo, um garotão de cor preta e cabelos que cresciam para cima como de ovelha se encontrava na frente de seus dois amigos; de repente parou sobre uma pequena pedra e seu amigo pisou em outra do mesmo tamanho, que adentrou no chão. Olharam para uma enorme pedra que começou a se mover e mostrar um compartimento com um pequeno sofá formado por pedras e almofadas. Em suas paredes rochosas havia esculpido prateleiras com tubos de vidro onde corria um líquido fluorescente que iluminava todo o ambiente. Marcelo esperou todos entrarem e vendo que os pingos da chuva começaram a cair, ele pisou sobre outra pedra que se sobressaía do piso rochoso e indicou para seu colega pouco menor fazer o mesmo sobre outra pedra para fechar o compartimento e mantê-los livres da chuva. O menino maior, após ver a pedra se mover novamente para fechar, resolveu pegar da prateleira rochosa um pequeno objeto de vidro, no formato duma flauta com um buraco no meio e um botão numa ponta. Ele mirou o buraco em direção a sua boca e pressionou o botão, logo esguichou um creme branco; após ele saborear, disse:

    - Ummm! Bom!

    - O que é isso? – Perguntou seu colega, de cor branca e cabelos encaracolados como algodão ao abrir a flor, quem para Marcelo ver seu rosto tinha que abaixar os olhos, conhecido como Tadeu.

    - Ah! Isso é uma coisa que meu pai me deu, ele mesmo a inventou. Todo esse local cavernoso é como o centro duma máquina que tem vários tubos. Esses tubos estão dentro do chão, perto de raízes de árvores, eles passam por pequenos buracos nas pedras e vem parar dentro desta caverna; após você tirar esse pequeno tubo e consumir esse líquido que a máquina faz, você coloca de volta encaixando no local certo e a máquina limpa e faz mais deste creme. Assim podemos saborear o quanto quiser. Para ter tudo isso é só não quebrar nada e o que tirar, colocar de volta no lugar. Assim a máquina nos proporciona esse creme cheio de vitamina e muito gostoso. Quer provar? Ainda pronunciando a pergunta, ele inclinou o objeto e pressionou o botão, esguichando o creme para cima, logo este foi aparado pela sua boca. Ele pressionou o botão novamente e o creme, após subir, desceu direto na boca de seu colega, quem após saborear disse:

    - Ummm! Não é tão gostoso quanto aparentou na sua expressão, mas também não é ruim.

    - Como assim, não é ruim? Isso aqui é a coisa mais... – Enquanto os dois discutiam o objeto da mão de Marcelo foi agarrado e retirado pelo seu colega, ainda menor que Tadeu; cor parda, cabelos escuros e lisos como se estivessem sido lambidos por uma vaca, de nome Ricardo.

    O pequeninho se empanturrou com o creme durante várias vezes que, em momentos oportunos, saíram do colégio interno, andando na direção da caverna secreta. O pequeno Ricardo esquecia o tempo enquanto estava saboreando o creme. Seus dias completaram uma semana e logo, além de melhorar seu apetite por legumes, verduras e frutas, ele sentiu vontade de ler. Os livros passaram em sua frente como se fosse combustível para uma máquina em chamas. Quase completando um mês indo todos os dias ao local secreto, ele começou a refletir sobre questões que surgiam em seu pensamento, como: “quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?”, então ele resolveu começar a escrever suas conclusões. Ao passar o tempo seu corpo se avolumou e em frente a seus colegas passava um vultoso garoto.

    Seis meses depois. Dentro do corredor da entidade um homem de estatura baixa, cabelos escuros e lisos, como cabelos de bezerro que foi lambido pela mãe, andava com passos rápidos para acompanhar a diretora que tinha estatura alta e o conduzia pelo corredor. Enquanto o homem se distraiu conversando com a diretora, esta subitamente barrou uma professora que acabara de sair duma sala com sua mão grudada na de Ricardo e disse:

    - Com licença, professora... –E dirigindo seu olhar ao homem, continuou - Senhor, aqui está ele!

    O homenzinho passou seu olhar na figura da criança e fitou a diretora. Com expressão séria, ele seguiu na direção da sala de aula que a professora tinha saído; entrando na mesma, examinou a aparência de cada aluno, até que viu certa cadeira com uma criancinha trajando uma camisa como a que Ricardo estava vestido no dia que ele partiu sob tempo turvo, embaixo de forte chuva, com trovejadas e relampagueadas. Vagarosamente ele se aproximou da pequena criança, colocou sua mão direita sobre o ombro direito do garoto, observou o rosto dele virando-se de encontro ao seu. Mas, quando ele virou seu rosto em 90 graus, que é meio círculo, a metade do caminho para virar a face para trás, o homem percebeu seu erro e abaixou a cabeça.

    De repente, Ricardo que já tinha percebido que seu pai não o reconhecera, tocou-o em sua mão e exclamou:

    - Pai! – Imediatamente o homem de estatura baixa, reconheceu aquela voz e ergueu sua cabeça novamente. Avistando o garotão que estava sendo conduzido pela professora, reconheceu em seus olhos, seu rosto e seu sorriso, os traços do filho. E, transbordando de alegria, um forte e demorado abraço os envolveu. E durante aquele instante eles não tinham outra forma para expressar tanto sentimento quanto aquele gesto e o filho sabia que o pai o amava independente de sua aparência ter mudado.

Fim

Autor: Kmin Atétu

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    Esse conto está no site do autor, e como ele é administrador do site Ler Livro Infantil, foi postado aqui.

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

A Formiga e a Pomba


    Uma formiga sedenta chegou à margem do rio, para beber água. Para alcançar a água, precisou descer por uma folha de grama. Ao fazer isso, escorregou e caiu dentro da correnteza.

    Pousada numa árvore próxima, uma pomba viu a formiga em perigo. Rapidamente, arrancou uma folha de árvore e jogou dentro do rio, perto da formiga, que pôde subir nela e flutuar até a margem.

    Logo que alcançou a terra, a formiga viu um caçador de pássaros, que se escondia atrás de uma árvore, com uma rede nas mãos. Vendo que a pomba corria perigo, correu até  o caçador e mordeu-lhe o calcanhar. A dor fez o caçador largar a rede e a pomba fugiu para um ramo mais alto.

    De lá, ela arruinou para a formiga:

    — Obrigada, querida amiga.


    Moral da história    

    Uma boa ação se paga com outra.

Autor: Esopo

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quinta-feira, 1 de setembro de 2022

O Leão e o Javali (Fábula)

    Num dia muito quente, um leão e um javali chegaram juntos a um poço. Estavam com muita sede e começaram a discutir para ver quem beberia primeiro.

    Nenhum cedia a vez ao outro. Já iam atracar-se para brigar, quando o leão olhou para cima e viu vários urubus voando.

    — Olhe lá! — disse o leão. — Aqueles urubus estão com fome e esperam para ver qual de nós dois será derrotado

    — Então, é melhor fazermos as pazes — respondeu o javali. — Prefiro ser seu amigo a ser comida de urubus.


Moral da história

É prudente dar valor a vida e não a rivalidades.


Autor: Esopo. Moral da história escrita por Kmin Até Tu, exclusivamente para o site Ler Livro infantil.

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