Era uma vez uma corrida de sapinhos. Eles tinham que subir uma grande ladeira e, do lado havia uma grande multidão, muita gente que vibrava com eles.
Começou a competição.
A multidão dizia:
– Não vão conseguir! Não vão conseguir!
Os sapinhos iam desistindo um a um, menos um deles que continuava subindo. E a multidão a aclamar:
– Não vão conseguir! Não vão conseguir!
E os sapinhos iam desistindo, menos um, que subia tranquilo, sem esforço.
No final da competição, todos os sapinhos desistiram, menos aquele.
Todos queriam saber o que aconteceu, e quando foram perguntar ao sapinho como ele conseguiu chegar até o fim, descobriram que ele era SURDO!
Moral da História
Quando queremos fazer alguma coisa que precise de coragem não devemos escutar as pessoas que falam que você não vai conseguir. Seja surdo aos apelos negativos.
Essa fábula está em domínio público. Autor Monteiro Lobato.
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Um burro estava comendo quando viu um lobo
escondido espiando tudo que ele fazia. Percebendo que estava
em perigo, o burro imaginou um plano para salvar a sua pele.
Fingiu que era aleijado e saiu mancando com a maior
dificuldade. Quando o lobo apareceu, o burro todo choroso
contou que tinha pisado num espinho pontudo.
— Ai, ai, ai! Por favor, tire o espinho de minha pata!
Se você não tirar, ele vai espetar sua garganta quando você
me engolir.
O lobo não queria se engasgar na hora de comer seu
almoço, por isso quando o burro levantou a pata ele começou
a procurar o espinho com todo cuidado. Nesse momento o
burro deu o maior coice de sua vida e acabou com a alegria
do lobo.
Enquanto o lobo se levantava todo dolorido, o burro
galopava satisfeito para longe dali.
Cuidado com os favores inesperados.
Autor da fáubla: Esopo (em domínio público)
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O Galo andava remexendo no entulho, para achar migalhas ou bichos para comer, e acertou de descobrir uma pedra, então disse: - Oh Pedra preciosa, ei-la aqui em lugar sujo, se nesse momento, um discreto lapidário tivesse lhe recolhido; mas para mim você não presta: mais importância dou a uma migalha de comida que busco para meu sustento. - Dito isto, a deixou e foi andando continuando a remexer para buscar o alimento desejado.
Moral da fábula:
Os insensatos buscam coisas que não lhe agregarão valor, como migalhinhas; tem pouco conhecimento e por isso não sabem aproveitar o valor das coisas para estruturar sua vida. Essa hstória serve para saber dar valor ao conhecimento para governar nossa vida.
A autoria é de Esopo. Versão de Kmin Atétu. Baseado na aplicação de moraes a cada fábula.
Kmin Atétu é administrador do blog Ler Livro Infantil.
kminatetu.com
Moraes está em pt.wikisource.org
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Era uma vez, há muito tempo, um rei e uma rainha jovens, poderosos e ricos, mas
pouco felizes, porque não tinham filhos.
— Se pudéssemos ter um filho! —
suspirava o rei. — E se Deus quisesse, que nascesse uma menina! — animava-se a
rainha.
— E por que não gêmeos? — acrescentava o rei.
Mas os filhos não
chegavam, e o casal real ficava cada vez mais triste. Não se alegravam nem com
os bailes da corte, nem com as caçadas, nem com os gracejos dos bufões, e em
todo o castelo reinava uma grande melancolia.
Mas, numa tarde de verão, a rainha
foi banhar-se no riacho que passava no fundo do parque real. E, de repente,
pulou para fora da água uma rãzinha.
— Majestade, não fique triste, o seu desejo
se realizará logo: daqui a um ano a senhora dará à luz uma menina.
E a profecia
da rã se concretizou. Alguns meses depois nasceu uma linda menina. O rei, louco
de felicidade, chamoua Flor Graciosa e preparou a festa de batizado. Convidou
uma multidão de súditos: parentes, amigos, nobres do reino e, como convidadas de
honra, as fadas que viviam nos confins do reino: treze. Mas, quando os
mensageiros iam saindo com os convites, o camareiro-mor correu até o rei,
preocupadíssimo.
— Majestade, as fadas são treze, e nós só temos doze pratos de
ouro. O que faremos? A fada que tiver de comer no prato de prata, como os outros
convidados, poderá se ofender. E uma fada ofendida...
O rei refletiu longamente
e decidiu:
— Não convidaremos a décima terceira fada — disse, resoluto. — Talvez
nem saiba que nasceu a nossa filha e que daremos uma festa. Assim, não teremos
complicações.
Partiram somente doze mensageiros, com convites pare doze fadas,
conforme o rei resolvera.
No dia da festa, cada uma delas chegou perto do berço
em que dormia Flor Graciosa e ofereceu à recém-nascida um presente maravilhoso.
— Será a mais bela moça do reino — disse a primeira fada, debruçando-se sobre o
berço.
— E a de caráter mais justo — acrescentou a segunda.
— Terá riquezas a
perder de vista — proclamou a terceira.
— Ninguém terá o coração mais caridoso
que o seu — afirmou a quarta.
— A sua inteligência brilhará como um sol —
comentou a quinta.
Onze fadas já tinham desfilado em frente ao berço; faltava
somente uma (entretida em tirar uma mancha do vestido, no qual um garçom
desajeitado tinha virado uma taça de sorvete) quando chegou a décima terceira,
aquela que não tinha sido convidada por falta de pratos de ouro. Estava com a
expressão muito sombria e ameaçadora, terrivelmente ofendida por ter sido
excluída. Lançou um olhar maldoso para Flor Graciosa, que dormia tranqüila, e
disse em voz baixíssima:
— Aos quinze anos a princesa vai se ferir com o fuso de
uma roca e morrerá.
E foi embora, deixando um silêncio desanimador. Então
aproximou-se a décima segunda fada, que devia ainda oferecer seu presente.
— Não
posso cancelar a maldição que agora atingiu a princesa. Tenho poderes só para
modificá-la um pouco. Por isso, a Flor Graciosa não morrerá; dormirá por cem
anos, ate a chegada de um príncipe que a acordará com um beijo. Passados os
primeiros momentos de espanto e temor, o rei, considerada a necessidade de tomar
providências, instituiu uma lei severa: todos os instrumentos de fiação
existentes no reino deveriam ser destruídos. E, daquele dia em diante, ninguém
mais fiava, nem linho, nem algodão, nem lã. Ninguém além da torre do castelo.
Flor Graciosa crescia, e os presentes das fadas, apesar da maldição, estavam
dando resultados. Era bonita, boa, gentil e caridosa, os súditos a adoravam.
No
dia em que completou quinze anos, o rei e a rainha estavam ausentes, ocupados
numa partida de caça. Talvez, quem sabe, em todo esse tempo tivessem até
esquecido a profecia da fada malvada.
Flor Graciosa, porém, estava se
aborrecendo por estar sozinha e começou a andar pelas salas do castelo. Chegando
perto de um portãozinho de ferro que dava acesso à parte de cima de uma velha
torre, abriu-o, subiu a longa escada e chegou, enfim, ao quartinho.
Ao lado da
janela estava uma velhinha de cabelos brancos, fiando com o fuso uma meada de
linho. A garota olhou, maravilhada. Nunca tinha visto um fuso.
— Bom dia,
vovózinha.
— Bom dia a você, linda garota.
— O que está fazendo? Que instrumento
é esse?
Sem levantar os olhos do seu trabalho, a velhinha respondeu com ar
bonachão:
— Não está vendo? Estou fiando!
A princesa, fascinada, olhava o fuso
que girava rapidamente entre os dedos da velhinha.
— Parece mesmo divertido esse
estranho pedaço de madeira que gira assim rápido. Posso experimentá-lo também?
Sem esperar resposta, pegou o fuso. E, naquele instante, cumpriu-se o feitiço.
Flor Graciosa furou o dedo e sentiu um grande sono. Deu tempo apenas para
deitar-se na cama que havia no aposento, e seus olhos se fecharam.
Na mesma
hora, aquele sono estranho se difundiu por todo o palácio.
Adormeceram no trono
o rei e a rainha, recémchegados da partida de caça.
Adormeceram os cavalos na
estrebaria, as galinhas no galinheiro, os cães no pátio e os pássaros no
telhado. Adormeceu o cozinheiro que assava a carne e o servente que lavava as
louças; adormeceram os cavaleiros com as espadas na mão e as damas que enrolavam
seus cabelos.
Também o fogo que ardia nos braseiros e nas lareiras parou de
queimar, parou também o vento que assobiava na floresta. Nada e ninguém se mexia
no palácio, mergulhado em profundo silêncio.
Em volta do castelo surgiu
rapidamente uma extensa mata. Tão extensa que, após alguns anos, o castelo ficou
oculto. Nem os muros apareciam, nem a ponte levadiça, nem as torres, nem a
bandeira hasteada que pendia na torre mais alta.
Nas aldeias vizinhas, passava
de pai para filho a história de Flor Graciosa, a bela adormecida que descansava,
protegida pelo bosque cerrado. Flor Graciosa, a mais bela, a mais doce das
princesas, injustamente castigada por um destino cruel.
Alguns, mais audaciosos,
tentaram sem êxito chegar ao castelo. A grande barreira de mato e espinheiros,
cerrada e impenetrável, parecia animada por vontade própria: os galhos avançavam
para cima dos coitados que tentavam passar: seguravam-nos, arranhavam-nos até
fazê-los sangrar, e fechavam as mínimas frestas. Aqueles que tinham sorte
conseguiam escapar, voltando em condições lastimáveis, machucados e sangrando.
Outros, mais teimosos, sacrificavam a própria vida.
Um dia, chegou nas
redondezas um jovem príncipe, bonito e corajoso. Soube pelo bisavô a história da
bela adormecida que, desde muitos anos, tantos jovens procuravam em vão
alcançar.
— Quero tentar eu também a aventura — disse o príncipe aos habitantes
de uma aldeia pouco distante do castelo.
Aconselharam-no a não ir.
— Ninguém
nunca conseguiu!
— Outros jovens, fortes e corajosos como você, falharam...
—
Alguns morreram entre os espinheiros...
— Desista!
— Eu não tenho medo — afirmou
o príncipe. — Eu quero ver Flor Graciosa.
No dia em que o príncipe decidiu
satisfazer a sua vontade se completavam justamente os cem anos da festa do
batizado e das predições das fadas. Chegara, finalmente, o dia em que a bela
adormecida poderia despertar.
Quando o príncipe se encaminhou para o castelo viu
que, no lugar das árvores e galhos cheios de espinhos, se estendiam aos
milhares, bem espessas, enormes carreiras de flores perfumadas. E mais, aquela
mata de flores cheirosas se abriu diante dele, como para encorajá-lo a
prosseguir; e voltou a se fechar logo, após sua passagem.
O príncipe chegou em
frente ao castelo. A ponte levadiça estava abaixada e dois guardas dormiam ao
lado do portão, apoiados nas armas. No pátio havia um grande número de cães,
alguns deitados no chão, outros encostados nos cantos; os cavalos que ocupavam
as estrebarias dormiam em pé.
Nas grandes salas do castelo reinava um silêncio
tão profundo que o príncipe ouvia sua própria respiração, um pouco ofegante,
ressoando naquela quietude. A cada passo do príncipe se levantavam nuvens de
poeira. Salões, escadarias, corredores, cozinha... Por toda parte, o mesmo
espetáculo: gente que dormia nas mais estranhas posições. E todos exibiam as
roupas que haviam sido moda exatamente há cem anos.
O príncipe perambulou por
longo tempo no castelo. Enfim, achou o portãozinho de ferro que levava à torre,
subiu a escada e chegou ao quartinho em que dormia Flor Graciosa. A princesa
estava tão bela, com os cabelos soltos, espalhados nos travesseiros, o rosto
rosado e risonho. O príncipe ficou deslumbrado. Logo que se recobrou se inclinou
e deu-lhe um beijo.
Imediatamente, Flor Graciosa abriu os olhos e olhou a sua
volta, sorrindo:
— Como eu dormi! Agradeço por você ter chegado, meu príncipe.
Na mesma hora em que Flor Graciosa despertava, o castelo todo também acordou. O
rei e a rainha correram para trocar os trajes de caça empoeirados, os cavalos na
estrebaria relincharam forte, reclamando suas rações de forragem, os cães no
pátio começaram a ladrar, os pássaros esvoaçaram, deixando seus esconderijos sob
os telhados e voando em direção ao céu.
Acordou também o cozinheiro que assava a
carne; o servente, bocejando, continuou lavando as louças, enquanto as damas da
corte voltavam a enrolar seus cabelos. Também dois moleques retomaram a briga,
voltando a surrar-se com força.
O fogo das lareiras e dos braseiros subiu alto
pelas chaminés, e o vento fazia murmurar as folhas das árvores.
Logo, o rei e a
rainha correram à procura da filha e, ao encontrá-la, chorando, agradeceram ao
príncipe por tê-la despertado do longo sono de cem anos.
O príncipe, então,
pediu a mão da linda princesa que, por sua vez, já estava apaixonada pelo seu
valente salvador.
Esse conto foi criado por Charles Perrault e essa é uma versão dos Irmãos Grimm que está em dominio público. Vários autores criaram outras versões.
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Para quem vai ter um filho(a) eu indico fazer a Lista do Bebê
O Texto do conto O Príncipe Rã ou Henrique de Ferro está logo abaixo do video.
Num tempo que já se foi, quando ainda aconteciam encantamentos, viveu um rei que
tinha uma porção de filhas, todas lindas. A mais nova, então, era linda demais.
O próprio sol, embora a visse todos os dias, sempre se deslumbrava, cada vez que
iluminava o rosto dela.
O castelo real ficava ao lado de uma floresta sombria na
qual, embaixo de uma frondosa tília, havia uma fonte. Em dias de muito calor, a
filha mais nova do rei vinha sentar-se ali e, quando se aborrecia, brincava com
sua bola de ouro, atirando-a para cima e apanhando-a com as mãos.
Uma vez,
brincando assim, a bola de ouro, jogada para o ar, não voltou para as mãos dela.
Caiu na relva, rolou para a fonte e desapareceu nas suas águas profundas.
"Adeus, minha bola de ouro!", pensou a princesa. "Nunca mais vou ver você!" E
começou a chorar alto. Então, uma voz perguntou:
— Por que chora, a filha mais
nova do rei? Suas lágrimas são capazes de derreter até uma pedra!
A princesa
olhou e viu a cabecinha de uma rã fora da água.
— Foi você que falou, bichinho
dos charcos? Estou chorando porque minha bola de ouro caiu na água e sumiu.
—
Fique tranqüila e não chore mais. Eu vou buscá-la. Mas o que você me dará em
troca?
— Tudo o que você quiser, rãzinha querida. Meus vestidos, minhas jóias, e
até mesmo a coroa de ouro que estou usando.
— Vestidos, jóias e coroa de ouro de
nada me servem. Mas se você quiser gostar de mim, se me deixar ser sua amiga e
companheira de brinquedos, se me deixar sentar ao seu lado à mesa, comer no seu
prato de ouro, beber no seu copo, dormir na sua cama e me prometer tudo isso,
mergulho agorinha mesmo e lhe trago a bola. — Claro! Se me trouxer a bola,
prometo tudo isso! — respondeu prontamente a princesa, pensando: "Mas que
rãzinha boba! Ela que fique na água com suas iguais! Imagine se vou ter uma rã
por amiga!".
Satisfeita com a promessa, a rã mergulhou e, depois de alguns
minutos, voltou à tona trazendo a bola. Jogou-a na relva, e a princesa, feliz
por ter recuperado seu brinquedo predileto, fugiu sem esperar a rã.
— Pare!
Pare! — gritou a rã, tentando alcançá-la aos pulos. — Me leve consigo! Não vê
que não posso correr tanto?
A princesa, porém, sem querer saber dela, correu
para o palácio, fechou a porta e logo esqueceu a pobre rã. Assim, ela foi
obrigada a voltar para a fonte.
No dia seguinte, quando o rei, a rainha e as
filhas estavam jantando, ouviram um barulho estranho: Plaft!... Plaft!... alguém
estava subindo a escadaria de mármore do palácio... O barulho cessou bem em
frente à porta, e alguém chamou:
— Abra a porta, filha mais nova do rei!
A
princesa foi atender e, quando deu com a rã, tornou a fechar a porta bem
depressa e voltou para a mesa. O rei reparou que ela estava vermelhinha e
apavorada.
— O que foi, filha? Aí fora está algum gigante, querendo pegar você?
— Não, paizinho... é uma rã horrorosa.
— E o que uma rã pode querer com você?
—
Ai, paizinho! Ontem, quando eu brincava com a minha bola de ouro perto da fonte,
ela caiu na água e afundou. Então, chorei muito. A rã foi buscar a bola para
mim. Mas me fez prometer que, em troca, seríamos amigas e ela viria morar
comigo. Eu prometi, porque nunca pensei que uma rã pudesse viver fora da água.
Nesse momento, a rã tornou a bater e cantou:
— Que coisa mais feia é essa,
esquecer assim tão depressa a promessa que me fez! Se não quiser me ver morta,
abra ligeiro essa porta, afilha mais nova do rei!
O rei olhou a filha
severamente.
— O que você prometeu, tem de cumprir — disse — Vá lá e abra a
porta!
Ela teve de obedecer. Mal abriu a porta, a rã entrou num pulo, foi direto
até a cadeira da princesa e, quando a viu sentada, pediu:
— Me ponha no seu
colo!
Vendo que a filha hesitava, o rei zangou-se.
— Faça tudo o que a rã pedir
— ordenou. Mal se viu no colo da princesa, a rã pulou para a mesa, dizendo: —
Puxe o seu prato mais para perto para podermos comer juntas.
Assim fez a
princesa, mas todos viram que ela estava morrendo de nojo. A rã comia com grande
apetite, mas a princesa a cada bocado parecia se sufocar. Terminado o jantar, a
rã bocejou dizendo:
— Estou cansada e com sono. Prepare uma cama bem quentinha
para nós duas!
Ao ouvir isso, a princesa disparou a chorar. Tinha horror do
corpinho gelado e úmido da rã, e não queria dormir com ela de jeito nenhum. Suas
lágrimas, porém, só conseguiram aumentar a zanga do rei:
— Quando você precisou,
ela te ajudou. Não pode desprezá-la agora!
Não tendo outro remédio, a princesa
foi para o quarto carregando a rã, que dizia estar cansada demais para subir a
escada. Chegando lá, largou-a no chão e foi se deitar sozinha.
— Que é isso? —
reclamou a rã. — Você dorme no macio e eu aqui no chão duro? Me ponha na cama,
senão vou me queixar ao rei seu pai!
Ao ouvir isso, a princesa ficou furiosa.
Agarrou a rã e atirou-a contra a parede com toda a força, gritando
— Agora você
vai ficar quieta para sempre, rã horrorosa!
E qual não foi o seu susto, ao ver a
rã cair e se transformar num príncipe de belos olhos amorosos!
Ele contou-lhe
que se havia transformado em rã por artes de uma bruxa, e que ninguém, a não ser
a princesa, poderia desencantá-lo. Disse também que no dia seguinte a levaria
para o reino dele. Depois, com o consentimento do rei, ficaram noivos.
No outro
dia, quando o sol acordou a princesa, a carruagem do príncipe já havia chegado.
Era linda! Estava atrelada a oito cavalos brancos, todos eles com plumas brancas
na cabeça, presas por correntes de ouro.
Com ela veio Henrique, o fiel criado do
príncipe, que quando seu amo foi transformado em rã ficou tão triste, que mandou
prender seu coração com três aros de ferro, para que não se despedaçasse de
tanta dor. Mas agora, ali estava ele com a carruagem pronta para levar seu amo
de volta ao seu reino.
Cheio de alegria, ajudou os noivos a se acomodar na
carruagem, depois tomou seu lugar na parte de trás, e deu sinal de partida.
Já
haviam percorrido um trecho do caminho, quando o príncipe ouviu um estalo muito
próximo, como se alguma coisa se tivesse quebrado na carruagem. Espiou pela
janelinha e perguntou:
— O que foi, Henrique? Quebrou alguma coisa na carruagem?
— Não, meu senhor — e ele explicou:
— Tamanha a dor que eu senti quando o senhor
virou rã, que, com três aros de ferro, o meu coração eu prendi. Um aro rompeu-se
agora, os outros dois, com certeza, vão estalar e romperse assim que chegar a
hora!
Duas vezes mais durante a viagem o príncipe ouviu o mesmo estalo. Foram os
outros dois aros do coração do fiel Henrique que se romperam, deixando livre sua
imensa alegria.
Esse conto está em dominio público
Autoria dos Irmãos Grimm
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Dois homens viajavam juntos quando, de repente, surgiu um urso de dentro da floresta e parou diante deles, urrando. Um dos homens tratou de subir na árvore mais próxima e agarrar-se aos ramos. O outro, vendo que não tinha tempo para esconder-se, deitou-se no chão, esticado, fingindo de morto, porque ouvira dizer que os ursos não tocam em homens mortos.
O urso aproximou-se, cheirou o homem deitado, e voltou de novo para a floresta.
Quando a fera desapareceu, o homem da árvore desceu apressadamente e disse ao companheiro:
- Vi o urso a dizer alguma coisa no teu ouvido. Que foi que ele disse?
- Disse que eu nunca viajasse com um medroso. Na hora do perigo é que se conhece os amigos.
Baseada na fábula de Esopo, versão de Guilherme Figueiredo.
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Certa manhã, um ratinho saiu do buraco pela primeira vez.
Queria conhecer o mundo e travar relações com tanta coisa
bonita de que falavam seus amigos. Admirou a luz do sol, o
verdor das árvores, a correnteza dos ribeirões, a habitação dos
homens. E acabou penetrando no quintal duma casa da roça.
— Sim senhor! É interessante isto!
Examinou tudo minuciosamente, farejou a tulha de
milho e a estrebaria. Em seguida, notou no terreiro um certo
animal de belo pêlo, que dormia sossegado ao sol.
Aproximou-se dele e farejou-o, sem receio nenhum. Nisto,
aparece um galo, que bate as asas e canta. O ratinho, por um
triz, não morreu de susto.
Arrepiou-se todo e disparou como um raio para a toca.
Lá contou à mamãe as aventuras do passeio.
— Observei muita coisa interessante - disse ele. - Mas
nada me impressionou tanto como dois animais que vi no terreiro.
Um de pêlo macio e ar bondoso, seduziu-me logo. Devia ser um
desses bons amigos da nossa gente, e lamentei que estivesse a dormir
impedindo-me de cumprimentá-lo. O outro... Ai, que ainda me
bate o coração! O outro era um bicho feroz, de penas amarelas, bico
pontudo, crista vermelha e aspecto ameaçador. Bateu as asas
barulhentamente, abriu o bico e soltou um có-ri-có-có tamanho,
que quase caí de costas. Fugí. Fugí com quantas pernas tinha,
percebendo que devia ser o famoso gato, que tamanha destruição
faz no nosso povo.
A mamãe rata assustou-se e disse:
— Como te enganas, meu filho! O bicho de pêlo macio e
ar bondoso é que é o terrível gato. O outro, barulhento e
espaventado, de olhar feroz e crista rubra, filhinho, é o galo,
uma ave que nunca nos fez mal. As aparências enganam.
Aproveita, pois, a lição e fica sabendo que:
Quem vê cara não vê coração.
Essa fábula está em domínio público. Autor: Monteiro Lobato
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Uma bruxa preparava uma sopa, mas o caldeirão furado pingava água sobre o fogo, impossibilitando realizar a tarefa. Ela foi consultar o livro de feitiços para resolver o caso, pois precisava do caldeirão em estado que fosse possível usá-lo.
A bruxa procurou o mercador que vendeu o caldeirão, mas o que lhe atendeu foi o neto dele que estava na sua função. Ela comprou um caldeirão novo e disse ao jovem mercador que se acontecesse o mesmo que aconteceu com o caldeirão velho, ela o transformaria em sapo. O caldeirão que ela comprou, com o passar do tempo ficou velho e apareceu um furo, ela jogou um feitiço no jovem mercador cumprindo o que prometeu caso o fato acontecesse.
Livro de José Leon Machado. Ilustrado por Alexandre Bandeira Rodrigues.
O PDF está disponível com o conteúdo completo do livro em domínio público.
O autor fez outra versão com 22 páginas e ilustrações de Nuno Castelo.
Fifi, uma lagarta que se preparava para se transformar, procurava um lugar tranquilo e encontrou uma árvore próxima a uma toca dum coelho. Lá ela se ajeitou, fez o seu casulo e adormeceu. Depois de vários dias, saiu do casulo uma borboleta azul que causou espanto no coelho que não esperava ver uma borboleta tão linda. A Borboleta Azul se pudesse teria se transformado em uma linda mulher. A autora conta toda a história do ciclo da vida da borboleta, relaciona a vida dela com a do ser humano que também passa por um ciclo vital e mostra que a vida continua através da sua descendência. À seguir, indico o link do livro para baixar o PDF com 17 páginas, ele está disponível no site domínio público. Autora Lenira Almeida Heck. Ilustradora Adriana Schnorr Dessoy.
Com o mesmo título a autora publicou na Amazon, um e-book com 11 páginas. Além de ter menos páginas a ilustração é diferente.